domingo, 19 de agosto de 2018

PADRE JLR FALOU PARA O MUNDO E PARA A HISTÓRIA



José Luís Rodrigues, prestigiado padre madeirense, já tem registo de marca: pensamento consistente, coerente, transparente! É, porventura, o único sacerdote da diocese do Funchal que reúne numa perfeita simbiose o tão custoso tríptico que define uma Personalidade – consistência, coerência, transparência.
De entre muitas provas dadas, avulta o magno desafio que acaba de lançar “urbi et orbi” : um debate global sobre o Celibato dos clérigos. Embora motivado pela recente notícia dos 300 padres pedófilos da Pensylvannia, EUA, o seu desafio vem de mais longe e agiganta-se no meio da mediocridade em que vegeta o clero madeirense e, no caso vertente, a própria instituição eclesiástica.
JLR é um jovem, mas detentor de uma maturidade caldeada no chão da vida das gentes. Ele caminha na esteira intelectual dos eminentes teólogos Anselmo Borges e Bento Domingues, com quem está sintonizado nestas e noutras questões
Dos socalcos dos meus 80 anos, saúdo a sua coragem e acompanho-o no seu projecto. E, desde logo, associo-me à iniciativa, colocando-me na lista de inscrições para formular algumas teses que oportunamente aprofundarei, fruto do percurso de décadas entre as estantes da biblioteca e as pègadas do quotidiano. As minhas e as de colegas sacerdotes que, já do outro lado do Universo, deixaram rastos de luz que ainda perduram.
A título de ensaio, transcrevo um dos veementes apelos que a escritora canadiana acaba de proclamar em Carta Aberta dirigida  ao Papa Francisco: “Seja valente, chegou a hora. Por isso, peço-lhe que tenha coragem de dizer BASTA. Como autoridade suprema da Igreja, este seria o acto mais importante, mais valoroso e mais cristão de todo o seu mandato”.
Mas o Papa apresenta-se impotente nesta matéria. Porque, maior que ele, é tremendamente poderoso o lobby gay na cadeia hierárquica da Igreja, a começar pelo Vaticano. O celibato é o fruto maduro e musculado de todas excrescências que o Império dos Eunucos foi construindo contra a Igreja-Comunidade de Jesus. Para abolir o celibato, o Papa deveria eliminar primeiro as causas e a casuística ridícula, senão mesmo aberrante, com que os seus antecessores  macularam e vilipendiaram a túnica inconsútil do Nazareno. Por outras palavras, deveria purificar o cristianismo, fazê.lo regressar às origens.
Mas, como e para quando?
Quando houver sacerdotes e ristãos da fibra do Padre José Luis Rodrigues: consistente, coerente, transparente. Façamos a nossa parte.

19.Ago.18
Martins Júnior  

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