sábado, 11 de agosto de 2018

“A BILHA DE ÁGUA E O PÃO COZIDO NA CINZA”…


                                                           

…”Elias, exausto, comeu do pão cozido nas brasas e bebeu da água da bilha. Fortalecido, caminhou quarenta dias e quarenta noites até alcançar o monte Horeb”…
                                    (Leituras do domingo, 12)


Tão pouca a ração
Para tão alta empresa
E tão curto o bordão
 Para caçar tão dura e longa presa
Onde quer que ela se esconda

O tamanho da onda
Que me chama e atravessa
Não há quem a meça
E o sal do deserto
Fique longe ou aqui perto
Não tem peso que se o conheça
Nem amaro que se o veja

Talvez que eu seja
A bilha de água que a tua sede almeja
E tu talvez o pão
Que anseio
Escondido na cinza da tua mão
Lavrado no braseiro ardente do teu seio

Será perto então
O longe da montanha
E será doce o sal amaro do deserto

11.Ago.18
Martins Júnior

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