Essa luva de ouro que te esconde a mão
Arranca-a
Talvez dentro dela esteja o tufão
Do Espírito
A cortina de veludo que trazes presa à pele
Retira-a
Que debaixo dela durma talvez aquele
Fauno que agita as florestas
E se ainda não o achares
Dissolve nas achas de braseiro perto
Músculos ossos vasos capilares
Terás enfim descoberto
O Graal que entorna a vida
E povoa os ares
Mas se tudo for em vão
E nem sombra achares do Espírito
Retoma tudo
Veias e vasos dermes e luvas
Acende-lhes a chama do Amor
E então
Tufão Graal Fauno e Sopro Criador
Voltarão à tua mão
Espírito é tudo quanto anda
No ritmo dos teus passos
Espírito és tu e a varanda
Onde o amas e o recolhes
19.Mai.18, véspera do Dia do
Pentecostes
Martins Júnior
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