Como se diz das “Cartas de Amor”, o mesmo se diz das “Festas e quais, quem as não tem?”.
Por isso, dentro ou fora, a norte ou a sul, a montante ou jusante, do nascente ao poente, aí estão elas, as festas, como sereias luzentes saltitando irresistíveis diante dos nossos olhos vassalos delas. E todos lhes prestamos culto, com o ouro do capital, o incenso da alienação e a mirra de um ópio caseiro fabricado pela tradição.
Na tríade enunciada – ouro, incenso e mirra, símbolo da grande Festa Natal - estamos todos envolvidos:
• Como produtores
• Como consumidores
• Como intermediários
• Como actores
Hoje, em plena efervescência logística das festas estivais, a minha proposta é só esta: Anatomia das Festas – o que me diz uma festa, o que espero dela e o que ela me dá ?
E, acabada a festa, a ‘Autopsía’ (escrevo propositadamente no registo morfológico de vocábulo grave) para acentuar o sufixo grego: “ver, ver-se a si próprio”, sob a força de uma interpelação: Que me ficou da festa, das festas, especialmente daquela em que me empenhei: como produtor, consumidor, intermediário ou actor? …
Quem achar paladar por este naco de isco, prenda-se ao anzol e traga à rede, às redes de todos nós, o plâncton de sabedoria colhido no oceano dos dias.
Porque é do verdadeiro ‘sentido das Festas’ que se trata.
19.Jul.22
Martins Júnior
Sem comentários:
Enviar um comentário