terça-feira, 19 de julho de 2022

FESTAS E MAIS FESTAS, SUPERFESTAS --- ANATOMIA E “AUTOPSÍA” DAS FESTAS

                                                                  


 Como se diz das “Cartas de Amor”, o mesmo se diz das “Festas e quais, quem as não tem?”.

Por isso, dentro ou fora, a norte ou a sul, a montante ou jusante, do nascente ao poente, aí estão elas, as festas, como sereias luzentes saltitando irresistíveis diante dos nossos olhos vassalos delas. E todos lhes prestamos culto, com o ouro do capital, o incenso da alienação e a mirra de um ópio caseiro fabricado pela tradição.

Na tríade enunciada – ouro, incenso e mirra, símbolo da grande Festa Natal - estamos todos envolvidos:

Como produtores

Como consumidores

Como intermediários

Como actores

Hoje, em plena efervescência logística das festas estivais, a minha proposta é só esta: Anatomia das Festas – o que me diz uma festa, o que espero dela e o que  ela me dá ?

E, acabada a festa, a ‘Autopsía’ (escrevo  propositadamente no registo morfológico de vocábulo grave) para acentuar o sufixo grego: “ver, ver-se a si próprio”, sob a força de uma interpelação: Que me ficou da festa, das festas, especialmente daquela em que me empenhei: como produtor, consumidor, intermediário ou actor? …

Quem achar paladar por este naco de isco, prenda-se ao anzol e traga à rede, às redes de todos nós, o plâncton de sabedoria colhido no oceano dos dias.

Porque é do verdadeiro ‘sentido das Festas’ que se trata.


19.Jul.22

Martins Júnior  


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