(Mini-GPS
nocturno para um sábado sem rumo)
Primeiro, sais do apertão de gente na
baixa de Machico, enquanto os Zargos e os Tristões abrem as dezenas de barracas
gastronómicas de comes-bebes-e-pagas. Apanhas logo a ‘Nau São Lourenço’ ou um tuc-tuc ad-hoc e zarpas até Santana (e
São Joaquim, os abuelos) e aí tens à
pega o compadre ‘Jodé’ mais o títere da TVerão que vão entrevistar-te para
TVeremos. Espetada, vinho, poncha e bolo-caco a rodos.
Depois, se te arranhar os tornozelos a
filarmónica da ‘terra tabaqueira’, sãroqueira, saltas logo para as ‘Feiteiras’
vicentinas e aí apanhas no palco o padre da festa ajudando o padre do ‘aperta-com-ela’
numa cega-rega que te põe a zunir e a dançar com as moçoilas do bardo.
Mais um pulo e vis cair num mar de
cerveja naqueles baixios das piscinas naturais do Porto Moniz. Ui, cuidado que
ainda te afogas, nos batentes dos Xutos e nas cotoveladas de gente a mais para
uma muralha tão pequena.
O melhor é pirares-te para o Montado do
Pereiro e aí, na lagoa do chão de todas
as ressacas, entras à boleia de uma tenda e esperas sentado o ‘climax’ do
ribombar sexy das bombas ralli-feras que comem alcatrão e põem a Madeira Autónoma
no mapa-mundi!
Então, até o sol raiar, o cesto-riquexó cá da ilha burguesa leva-te nos
braços ao convés do cruzeiro henriquino que a marca Sagres gravou no casco. Ela
lá está à tua espera para atirar-te fora da barra, como o grande almirante de
uma nau-sem-rumo…
Que noite, toda a noite, toda a noite,
Saturday, made in Madeira!
29.Jul.22
Martins
Júnior
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