quarta-feira, 29 de março de 2023

FECHADO…

                                                                                    


Eles aí andam dependurados pelas esquinas: “Fechado para obras… Fechado para balanço… Fechado para férias… Fechado por insolvência… fechado por motivo de doença”… Eles multiplicam-se consoante os interesses, as circunstâncias, as estações do ano, do mês ou do dia.

         SENSO&CONSENSO também não foge ao estilo: “FECHADO PARA PROCESSO”!... Aqui, o Processo toma todo o peso da nomenclatura judicial e corre o risco de pisar a linha vermelha denominada “Segredo de Justiça”!

         Com o pré-aviso de encerramento quero manifestar aos meus compagnons de route (passe o galicismo) que, durante os próximos quinze dias, este blogue fechar-se-á aos epifenómenos que surgem como cogumelos de todas as cores  nas bancas do mercado publicitário. E tantos que eles são: guerras, orçamentos, ‘ivas’, ‘irs’ e ‘irc’, escândalos, assassinatos, vasos e marinhagens, um fervilhar de ondas que enchem manchetes e ecrãs. Ou se acaso tiverem guarida nestas páginas é porque todos se integram ou subsumem no referido ‘Processo’.

         Mais  que Processo, direi Mega-Processo – paradigma de todos os julgamentos fraudulentos que condenam à morte vítimas inocentes. Refiro-me àquele que deu origem a rios de tinta e a tsunamis de discursos e emoções, titulados da mesma forma – O Processo de Jesus – de que é expressão acabada a dramaturgia do italiano Diego Fabri.

         Atrevo-me a cair sob a alçada penal do “Segredo de Justiça”, porque se há algo que me revolta em toda a tramitação posterior, até aos nossos dias (!) é o espectáculo inebriante, quase estupefaciente, em que se envolve e cultua o hediondo crime, com total prejuízo dos exactos termos do Processo. Quem matou, Por que motivo matou, Como matou?...

 

         29.Mar.23

         Martins Júnior

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