Eles
aí andam dependurados pelas esquinas: “Fechado para obras… Fechado para
balanço… Fechado para férias… Fechado por insolvência… fechado por motivo de
doença”… Eles multiplicam-se consoante os interesses, as circunstâncias, as
estações do ano, do mês ou do dia.
SENSO&CONSENSO também não
foge ao estilo: “FECHADO PARA PROCESSO”!... Aqui, o Processo toma todo o peso
da nomenclatura judicial e corre o risco de pisar a linha vermelha denominada
“Segredo de Justiça”!
Com o pré-aviso de encerramento quero
manifestar aos meus compagnons de route (passe o galicismo) que, durante
os próximos quinze dias, este blogue fechar-se-á aos epifenómenos que surgem
como cogumelos de todas as cores nas
bancas do mercado publicitário. E tantos que eles são: guerras, orçamentos,
‘ivas’, ‘irs’ e ‘irc’, escândalos, assassinatos, vasos e marinhagens, um
fervilhar de ondas que enchem manchetes e ecrãs. Ou se acaso tiverem guarida
nestas páginas é porque todos se integram ou subsumem no referido ‘Processo’.
Mais
que Processo, direi Mega-Processo – paradigma de todos os julgamentos
fraudulentos que condenam à morte vítimas inocentes. Refiro-me àquele que deu
origem a rios de tinta e a tsunamis de discursos e emoções, titulados da mesma
forma – O Processo de Jesus – de que é expressão acabada a dramaturgia do
italiano Diego Fabri.
Atrevo-me a cair sob a alçada penal do
“Segredo de Justiça”, porque se há algo que me revolta em toda a tramitação
posterior, até aos nossos dias (!) é o espectáculo inebriante, quase estupefaciente,
em que se envolve e cultua o hediondo crime, com total prejuízo dos exactos
termos do Processo. Quem matou, Por que motivo matou, Como matou?...
29.Mar.23
Martins Júnior
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